Ao abrir meus olhos, desfigurada estava a face de meu povo;
almas trincadas pela dor da perda, da falta do novo
e do retorno do que antes dilacerava ossos.
Meus olhos, que há tanto não via a luz,
seguiu sem vê-la na carne decomposta dos sofridos de fome.
A nação não tão gentil esmaga, infame, o esquecido.
Esquecidos nós pela mão que nos governa;
não governa nossas vidas, mas governa nossas mortes.
Aponta-nos o caminho do lúgubre desterro
e sorri perante o caos.
Os dentes rangem. Não há cura para aquele que odeia.
Sua face que a escuridão permeia
abdica de estender a mão; torna-se o ladrão
dos breves momentos vividos pelo infante.
Meus olhos almejam luz!
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