Onde estou que não o vejo?
E esse corpo, que não toco?
Cada músculo, sua boca, suas mãos fortes.
Seus braços, que não me envolvem...
Onde estou que não me molho em seu suor?
Que não suspiro o seu prazer?
Desejo-o porque o amo!
E este calor que sinto: libido que agoniza e ferve.
Onde estou que não lhe dou o prazer de lhe dar prazer?
Amo-o ainda!
Corro a mão pelo seu peito.
Fecho os olhos e o vejo.
Amo-o totalmente na mente que não me desmente,
infelizmente, talvez...
Amo-o no todo e no tudo que sou: humano.
Que mais posso lhe dar?
Humana carne, bela e viva,
que faz de mim uno e único.
Humano eu, humano amor!
Humano é você no temor de me amar
e ter de enfrentar a dor!... 05/1998